terça-feira, 15 de novembro de 2011

depredação pichação Educação

         O coordenador do Grupo de Recuperação da Ponte de Pedra, Arquiteto Osni Schroeder, escreveu  na sua coluna de hoje, no Jornal do Povo, um pungente relato sobre os lamentáveis episódios de depredações e pichações que estão acontecendo na área do monumento histórico.
         Reproduzimos o texto abaixo:

 Clique na imagem para visualização em tela cheia:

        Entre os dias 06 e 09 de novembro, uma grande quantidade de pedras, originais da construção da Ponte de Pedra, foi arrancada do seu leito e removida para a montagem de uma barreira que formou uma "piscina" com pouco mais de um metro de profundidade:

            Parte da "barragem" foi levantada no domingo (dia 06), quando um grande número de visitantes esteve no local e o restante na quarta-feira (dia 09) por um pequeno grupo de banhistas, que mesmo com a presença dos militares trabalhando no outro lado da estrutura, praticaram este ataque à integridade do monumento:

          O Sgtº Vanderlei Rauber prontificou-se a desmontar a "barragem" e recolocar todas as pedras de volta ao seu lugar. Estas pedras, mesmo soltas no leito do Rio Botucaraí, fazem parte da estrutura e servem como reforço para os arcos de sustentação que não estão alicerçados profundamente e sofrem com a erosão contínua das águas e a força das enchentes:

                      Outro grave problema que, sistematicamente, também ocorre na área do monumento é a pichação ou graffitti (que parcela menos esclarecida da população entende como "arte"). Esta forma gráfica de agressão física e visual estampada nos muros de proteção da pista de rolamento não é de hoje: A parte antiga, de longa data, vem sofrendo este tipo de vandalismo, com tinta ou com a raspagem em baixo relevo do reboco de revestimento, facilitando a erosão pela chuva e por parasitas vegetais. A parte nova, recentemente reconstruída, foi atacada logo na primeira semana de sua conclusão (como o cimento era firme não foi possível a sua retirada, mas o muro foi marcado com caracteres, pelo atrito de tijolos): 


           Neste momento histórico que estamos vivenciando, ao unirmos esforços para resgatar um monumento condenado à destruição e ao esquecimento, devemos parar um instante e questionarmos estas atitudes de uma minoria desprovida de discernimento do que é "certo" e do que é "errado".
        Alguns confundem "o que é de todos", com "não é de ninguém"...
        
        Os voluntários do Grupo de Recuperação da Ponte de Pedra e o 3ºBECmb estão trabalhando arduamente, desde o início de 2011, para atingirmos o nosso objetivo. Foram meses de obras, reuniões, pesquisas, contatos, campanhas comunitárias, adesões da sociedade e da mídia além de muita vontade de ver este patrimônio restaurado.

       A hora é de mais união: A sociedade pode e deve ajudar a conscientizar quem ainda não tem a devida educação histórica, do valor e da importância de zelarmos pelo nosso patrimônio. Se cada um fizer a sua parte, teremos uma Ponte para o Futuro.


        
        


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