quarta-feira, 14 de setembro de 2016

ESTAÇÃO FERREIRA - Acadêmicos da UFSM realizam estudo e maquete (14/09/2016)

Ponte Férrea da Ferreira
 (Ponte do Império)



Alunos: Ângela, Camila, Ivan, Thais, Ygor Silva.
Disciplina: Sistemas Estruturais de Arquitetura e Urbanismo I.

Tipo de arco: Abatido.
Data de criação: Não tem data definida, sabe-se que a inauguração da estação Ferreira foi 13/10/1885.
Autor da obra: Criada pelo Império, sem autor definido.
Localização: Estrada da Ferreira, interior da cidade de Cachoeira do Sul, a 12 km do centro da cidade.
Utilidade da obra: Servia como passagem do trem, principal meio da época para carregamento de mantimentos e pessoas.


Histórico da obra:
Os arcos foram usados pela primeira vez no Império Romano, para a construção de pontes e aquedutos, alguns dos quais ainda hoje se mantêm de pé.
O Brasil, ao tornar-se independente em 1822, possuía uma economia voltada para a exportação de matérias-primas (exceto o açúcar que era um derivado industrial já transformado da gramínea da cana). O mercado interno era pequeno, devido à falta de créditos e a quase completa subsistência das cidades, vilas e fazendas do país que se dedicavam à produção de alimentos e a criação de animais. Durante a primeira metade do século XIX, o Estado imperial investiu pesadamente na melhoria das estradas terrestres e detinha por sua vez, um memorável sistema de portos que possibilitava uma melhor troca comercial e comunicação entre as regiões do país
Além do valor histórico e cultural do complexo, a estrutura guarda outro tesouro, um brasão do segundo império esculpido na pedra chave dos seus dois lados, além do nome que se chamava na época de Ponte do Império. - (foto no final do texto) 

Relação da obra com o modelo estrutural:
O arco funciona em compressão e transporta o peso da construção para os 2 pilares de suporte e para os lados (impulso lateral e diagonal), permitindo a abertura do vão sem risco de colapso. Este arco tem aproximadamente 5 metros de flecha, 20 metros de extensão e 3,70 metros de espessura. Já a estrutura possui aproximadamente 7 metros de altura e 30 metros de comprimento.

Sistema estrutural da estrutura, materiais e distribuição de cargas
A ponte foi criada com pedras vindas de outra região (não especificada), estas pedras são do tipo basálticas. Para a união das pedras, o material utilizado foi areia misturada com algum outro elemento não identificado. A pedra basáltica é rica em ferro e magnésio (chamada comumente de pedra ferro), contribuindo para a sustentação de grandes cargas.
A estrutura apresenta fendas, através da observação delas concluímos que o seu interior é oco, transformando a carga permanente mais leve. Este sistema era importante para a movimentação da estrutura quando o trem passava, contribuindo para o seu balanço (força acidental= trem).

Especificação dos materiais da maquete
Papelão, concreto (cimento, areia e água), filtro de café usado, jornal, cola cascorez, papel paraná, verniz vitral, areia, pedras, pó de serra, esponja.

Reflexão dos materiais originais X maquete
O concreto apresenta grande resistência à compressão e baixa resistência a tração, por isso foi escolhido para representar na maquete as pedras que foram utilizadas na ponte

Croquis e fotos: a serem publicados em breve.


Fonte:
FORTES, Ariosto Borges. Livro - Museu histórico da viação férrea do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 1964.




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